Sal ou Chuchu

“Vocês são o sal da terra. Mas se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens.
“Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.
E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa.
Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus”. Mateus 5.13-16

Já paramos para pensar na influência e responsabilidade do cristão neste mundo: o sal preserva e dá sabor, a luz brilha e se opõe às trevas.

Nós, como cristãos, devemos constantemente nos perguntar: o que somos e como temos agido? E respondermos com sinceridade à esta pergunta.

O que nos identifica como cristãos não é apenas o fato de irmos à igreja e dizermos que somos de Jesus.

Jesus cita o profeta Isaías quando diz em Marcos 7:6 “Que o honramos com os lábios sendo que nosso coração está longe do Senhor”.

Lucas 6:46 “Porque vocês me chamam Senhor, Senhor, e não fazem o que eu digo? ”.

Jesus nos ensina que não é afastando-nos das pessoas do mundo ou evitando-as, que estou buscando uma vida de santidade. Pelo contrário, Ele comia com os excluídos, mas acusava os impuros de coração, os falsos moralistas, os maldosos. Devemos ser sal no nosso meio, agindo dignamente, com honestidade nas pequenas e grandes coisas e de acordo com a palavra, dando sabor e vida aos outros, e não fugir deles!

Precisamos ser a diferença no contesto em que estamos inseridos, sendo o sal ou um simples chuchu.

Vejamos o chuchu:

Não tem sabor próprio, toma sabor do alimento que é preparado junto com ele, ou até mesmo do próprio sal. Sem graça, sem gosto, sem vida!!!!

E o sal:

Ele começou a ser utilizado na culinária, não só por dar sabor aos alimentos, mas por seu potencial sanitário. Com um forte poder esterilizador, o sal conservava a comida, impedindo a reprodução de bactérias.
Ele dá sabor, conserva, purifica, limpa e até cicatriza machucados!

O cloreto de sódio constitui a principal matéria prima para a obtenção dos outros sais, que são utilizados das mais diversas formas. As mutações do cloreto do sódio dependem de como ele reage às situações em que é exposto, e dessas reações, obtém-se outros sais, inclusive alguns extremamente tóxicos e poluentes ao meio ambiente. Contudo, não deixa de ser uma derivação da matéria prima principal.

O apóstolo Pedro é exemplo de “sal” que, após ter interagido com sua realidade (quando negou a Jesus), passou pelo processo de transformação e se tornou o sal certo, na medida certa, no lugar certo! Aceitou e assumiu seu papel de sal!

Jonas decidiu ser chuchu em Társis.

Deus o mandou para Nínive para que gritasse contra aquela grande cidade, pois a maldade deles chegara aos ouvidos de Deus. Este era um chamado específico de Deus para Jonas (Jn 1.2).

Todos nós temos um chamado específico de ser Sal da Terra.

Jonas desceu a Jope e resolveu fugir de Deus, tomando o navio para Társis.

Há sempre um navio indo para Társis. Às vezes o tomamos também, e ainda achamos que o navio paradinho ali só nos esperando para fugirmos é providencia de Deus! O caminho para a desobediência e perdição é largo!

Como consequência da negação de Jonas, Deus mandou um forte vento e uma grande tempestade ao mar. Jonas, “o sal”, dormia no porão, enquanto os marinheiros oravam e clamavam, cada um a seu deus. E chamaram Jonas para que clamasse ao Deus dele também. Quem sabe Ele não os salvaria?

A afirmação de Jonas de que temia ao Deus que fez o mar e a terra não condizia com sua atitude de desobediência e até os pagãos temeram mais do que ele mesmo, que conhecia a Deus.

Jonas foi jogado ao mar, engolido por um peixe, e acabou indo para Ninive cumprir o que Deus havia mandado.

Conclusão:

Jonas foi chamado para ser “sal” e, mesmo tentando escapar, Deus não desistiu de seus propósitos e planos para com o próprio Jonas e os ninivitas. Jonas tornou o processo mais complicado e doloroso por causa da desobediência.

O povo de Deus não tem a opção de ser chuchu. Só temos a opção de sermos sal.

“Sal da Terra” é um chamado do qual não podemos escapar, assim como o IDE!

Somos sal e, por isso, onde estivermos, precisamos fazer a diferença.

André Enrique