Andando com Deus

Porém Noé achou graça diante do Senhor. (…) Noé andava com Deus. (Gn 6.8-9)

Em um tempo em que a maldade do homem havia se multiplicado sobre a terra, que estava corrompida e cheia de violência (Gn 6.11), Noé se distinguiu por uma característica singular: sua comunhão com Deus. Por “andar com Deus”, ele não se deixou influenciar pelas más atitudes de seus contemporâneos e se manteve justo e íntegro, mesmo em vista de um quadro de extrema corrupção. E então, a graça de Deus o alcançou, preservando-o – e a sua família – do dilúvio, para que repovoasse a terra.

Hoje os dias não são diferentes dos tempos de Noé: violência, corrupção, a maldade se multiplicando… Estes são alguns sintomas de um mundo afetado pelo pecado, como era antes do dilúvio. Mas assim como a graça de Deus alcançou Noé, ela “se manifestou salvadora a todos os homens. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente, enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo” (Tt 2.11).

Deus tem nos alcançado com a sua graça e nos chamado para brilhar como estrelas em meio a uma geração corrompida e perversa (Fp 2.15). A nossa comunhão – o nosso caminhar – não é com o mundo, mas com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Se andarmos com ele, certamente obteremos vitória contra o mundo, a carne e o diabo e seremos sal e luz nesta terra. Como Noé, não seremos influenciados pela concupiscência da carne, pela concupiscência dos olhos, nem pela soberba da vida, mas seremos influenciadores, pregadores da justiça (2 Pe 2.5).

Num mundo mergulhado em trevas, somos embaixadores do Reino de Deus, agentes da graça, da esperança e da salvação em Cristo Jesus. Somos o bom perfume de Cristo em meio a um mundo fétido por causa do pecado. Não negligenciemos nem deturpemos esse chamado.

“… aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou” (1 Jo 2.6).

Paulo Oliveira