Somente pela fé em Jesus Cristo e por sua morte substitutiva e de expiação sobre a cruz. Ainda que sejamos culpados de desobedecer a Deus e sejamos ainda inclinados ao mal, Deus, sem nenhum merecimento nosso, mas somente por pura graça, imputa-nos a perfeita justiça de Cristo quando nos arrependemos e cremos nele.
EFÉSIOS 2.8-9: Porque, pela graça, sois salvos, mediante a fé. Isso não vem de vós, é dom de Deus: não de obras, para que ninguém se glorie.
Por sermos justificados pela fé, temos paz com Deus. A consciência não mais acusa. O juízo agora decide pelo pecador, e não contra ele.
A memória olha para trás, para os pecados passados, com profundo pesar, mas sem medo de qualquer penalidade que venha; Cristo pagou a dívida de seu povo até o último sinal ou til, e teve o recibo divino; a não ser que Deus seja injusto a ponto de exigir pagamento duplo por uma dívida, nenhuma alma pela qual Jesus morreu como substituto poderá ser lançada no inferno. Parece-me um dos princípios de nossa natureza esclarecida crer que Deus seja justo; cremos que deve ser assim, e isso nos dá nosso terror primeiro; mas é maravilhoso ver que, nessa mesma fé de que Deus é justo, ela se torna, enfim, o pilar de nossa confiança e paz!
Se Deus é justo, eu, um pecador solitário e sem substituto, tenho de ser castigado; mas Jesus se põe em meu lugar e sofre o castigo por mim.
Agora, se Deus é justo, eu, pecador, estando em Cristo, nunca poderei ser punido. Deus teria de mudar sua natureza antes que uma alma pela qual Jesus foi substituído possa sofrer, por qualquer possibilidade, a chibata da lei. Portanto, ao assumir o lugar do crente, Jesus — tendo sofrido plena equivalência da ira divina por tudo que seu povo deveria ter sofrido como resultado do pecado, o crente pode gritar com glorioso triunfo: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? ”. Não Deus, pois ele justificou; não Cristo, pois ele morreu, “sim, melhor, ressuscitou”. Minha esperança não existe porque eu não sou pecador, mas porque sou um pecador por quem Cristo morreu; minha confiança não reside no fato de eu ser santo, mas no fato de, mesmo não sendo santo, ele é a minha justiça. Minha fé não repousa sobre quem eu sou, serei ou sinto, ou conheço, mas no que Cristo é, no que ele fez e naquilo que agora faz por mim. Sobre o leão da justiça, a frágil donzela da esperança cavalga como uma rainha.
Charles Spurgeon, in Catecismo Nova Cidade. Editora Fiel, p. 129.
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