O apóstolo Paulo alertou seu discípulo Timóteo que os últimos dias seriam marcados por tempos terríveis e descreve a crise moral e ética que tem dominado uma grande parte da sociedade: “Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus” (2Timóteo 3.2-4).
Como aconteceu ao longo dos séculos, qualquer cristão tem dificuldades para a viver a fé cristã num mundo hostil ao evangelho e aos valores do Reino de Deus.
Além das questões éticas e dos muitos desafios presentes na luta diária das pessoas, veio sobre nós algo inesperado e de grandes proporções: a pandemia do Corona vírus, também conhecida como Covid-19.
Não é a primeira vez que uma crise sanitária se abate sobre o mundo. Há vários exemplos na história de males que atormentaram a humanidade de tempos em tempos. Podemos citar a gripe espanhola, que matou mais de 50 milhões de pessoas em 1918 e 1919, e de forma diferente, a AIDS e o vírus Ebola.
A crise que atravessamos atualmente é inédita em todo o mundo. Nunca tínhamos visto quarentena de cidades e de até países, o fechamento de fronteiras, a impossibilidade de viajar e a proibição de aglomerações, seja no esporte, nas artes e na religião. Os sistemas de saúde ao redor do mundo entraram em pânico e as mortes aconteceram em números alarmantes.
Por se tratar de algo novo para todos, a própria ciência produziu tratamentos e informações conflitantes. E ainda não estamos totalmente livres desse mal. Não é possível descrever a angústia das pessoas que foram atingidas pela pandemia no meio dos tratamentos precários, a busca de vagas nos hospitais e o desespero dos familiares. Devido ao alto índice de contaminação e de letalidade, mais as imagens alarmantes da grande mídia, o medo dominou a sociedade. Quanta dor produzida pelo luto de pessoas que partiram, muitos ainda numa idade produtiva, com sonhos e projetos pela frente.
Choramos juntos e lamentamos cada óbito. Foi e tem sido algo angustiante para todos nós. Por outro lado, celebramos toda a cura, toda alta hospitalar e continuamos em oração para que essa pandemia seja brevemente debelada e os enfermos se recuperem totalmente.
Apesar de tudo isso, o cristão mantém a esperança no futuro e nas promessas de Deus. Esperança é uma das três principais virtudes mencionadas pelo apóstolo Paulo, junto com a fé e o amor em 1Coríntios 13.13. Para não perdermos o ânimo, precisamos manter os olhos e o coração no mundo porvir. Paulo escreveu que se nós esperássemos em Cristo apenas nesta vida, seríamos os mais miseráveis de todos os homens (1Coríntios 15.19).
Nunca acreditei numa frase dita constantemente por muitos: morreu, acabou. A palavra de Deus declara exatamente o contrário. Que existe um local melhor além da sepultura e precisamos manter o nosso foco nessa verdade bíblica. Foi por essa razão que o Filho de Deus e Deus o Filho veio a este mundo na pessoa de Jesus de Nazaré, o Filho de Maria. Seus ensinos, sua vida, seus grandes feitos, sua morte substitutiva na cruz e sua ressurreição física provada nas Escrituras e na história, garantem a nossa salvação.
A pandemia não destruirá a nossa esperança e certeza de vida eterna, não desfará a nossa confiança em Deus e na sua Palavra e nem roubará de nós a expectativa de rever os nossos entes queridos, novamente, na presença de Deus. Um dia, Deus limpará dos nossos olhos toda a lágrima (Apocalipse 7.17). Por isso, convido você a considerar a Jesus Cristo, a recebê-lo como Senhor e Salvador, e assim, possuir a vida eterna. Ele mesmo afirmou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (João 14.6).
Paulo Romeiro
Pastor da Igreja Cristã da Trindade
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